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Rússia diz que vacina contra câncer está ‘pronta para uso’; entenda por que anúncio é polêmico

Imunizante de RNAm teria reduzido tumores em testes pré-clínicos, mas dados não foram publicados em revistas científicas e não se sabe se liberação seria para estudos clínicos ou já para uso pela população

A chefe da Agência Federal de Medicina e Biologia (FMBA) da Rússia, Veronika Skvortsova, disse, na última semana, que uma vacina em desenvolvimento no país para câncer colorretal está “pronta para uso” após resultados positivos nos testes pré-clínicos. A dose, no entanto, é vista com certo ceticismo na comunidade científica pela ausência da publicação de dados em revistas científicas – todas as informações estão disponíveis apenas em comunicados do governo.

Segundo a agência de notícias estatal russa Tass, Skvortsova afirmou, durante o Fórum Econômico do Leste, na cidade de Vladivostok, que “a pesquisa (da vacina) durou vários anos, sendo os últimos três dedicados aos estudos pré-clínicos obrigatórios”, e que a dose “agora está pronta para uso, estamos aguardando a aprovação oficial

Quando temos um novo medicamento, primeiro fazemos estudos pré-clínicos em laboratórios e/ou animais e, se tiver potencial, iniciamos os estudos clínicos em humanos, que são divididos em fases 1, 2 e 3. Muitas vacinas, por exemplo, têm bons resultados nas etapas iniciais, mas não passam na fase 3, porque têm muitos efeitos colaterais ou não são eficazes. Sempre que temos um novo produto precisamos passar por esse rigor para demonstrar segurança e eficácia. É isso que norteia a maior parte das agências reguladoras do mundo todo — explica Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Os dados desses testes são geralmente publicados em revistas científicas, o que garante a confiabilidade das informações. Além disso, são encaminhados para a agência reguladora responsável, como a Anvisa no Brasil, que os avaliará para decidir sobre a aprovação ou não do novo medicamento.

No caso da vacina russa, porém, além de não haver dados publicados, a autoridade do país não especificou se o aval aguardado seria para o início dos testes clínicos em humanos, seguindo o protocolo necessário para uso na população, ou se seria diretamente para a aplicação em pacientes fora de estudos.

 

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